A história do povo judeu entre o final do Antigo Testamento e o início do Novo Testamento é marcada por momentos de grande sofrimento, mas também por períodos de esperança e salvação. A linha do tempo a seguir reuni eventos cruciais que moldaram o contexto religioso e político da época, desde a destruição de Jerusalém até o nascimento do Messias.
Linha do Tempo de Malaquias a Mateus
586 a.C. – A Destruição de Jerusalém
O exército babilônico destrói o templo e Jerusalém. O povo de Israel é levada em cativeiro para Babilônia, marcando o início da diáspora. A vida na Babilônia não foi de escravidão, mas de exílio e integração cultural. Muitos judeus prosperaram, mas sentiram saudade da terra prometida e de adorar no templo. Outros abandonaram os costumes judaicos e abraçaram as práticas pagãs.
539 a.C. – Ciro e o Retorno a Jerusalém
Ciro, o Grande, rei da Pérsia, conquista Babilônia e emite um decreto permitindo que os judeus voltem a Jerusalém para reconstruir o templo (concluído em 516 a.C.). O período persa traz estabilidade e incentivo à prática da fé judaica, fortalecendo a identidade do povo e restaurando a presença de Deus entre o povo.
539 a.C. a 332 a.C. – A Paz sob o Domínio Persa
Durante essa época, Israel experimenta paz relativa sob o governo persa. Essa tranquilidade permite o desenvolvimento da fé judaica e a compilação de textos sagrados. A comunidade judaica floresce, mantendo práticas religiosas firmes e aguardando com expectativa pelo Messias prometido.
332 a.C. – A Conquista de Alexandre, o Grande
Alexandre da Macedônia conquista a região e introduz a cultura helenística. Surgem desafios culturais e religiosos, pois a influência grega ameaça a pureza da fé judaica. A tradução da Septuaginta (a LXX) surge em Alexandria, promovendo a acessibilidade das Escrituras para judeus da diáspora.
A Divisão do Império e o Conflito
Após a morte de Alexandre, seu império é dividido entre seus generais, levando a conflitos entre os ptolomeus (Egito) e selêucidas (Síria). Israel, no centro dessa disputa, sofre cultural e politicamente, com períodos de tolerância e repressão religiosa.
167 a.C. – A Revolta dos Macabeus
Sob a opressão do rei selêucida Antíoco IV, que proíbe a prática do judaísmo e profana o templo, os judeus se rebelam. Liderados por Judas Macabeu, conquistam a independência e purificam o templo, evento comemorado no Hanukkah. Essa independência dura até a ascensão de Roma.
63 a.C. – A Chegada do Domínio Romano
Pompeu toma Jerusalém, colocando a região sob domínio romano. A Judeia é governada por líderes fantoches, como Herodes, que reconstrói o templo para agradar ao povo, mas mantém a opressão. A expectativa messiânica cresce em meio ao sofrimento e exploração.
O Nascimento de Jesus
Em meio à dominação romana e às esperanças por um libertador, Jesus nasce em Belém, cumprindo as profecias. A chegada de Cristo marca o fim do período de silêncio profético e o início de uma nova era de esperança e salvação para Israel e toda a humanidade.
Conclusão:
A história que precede o nascimento de Jesus é rica em acontecimentos que definiram a fé, a cultura e a esperança do povo judeu. A expectativa pelo Messias se intensificou diante das dificuldades enfrentadas sob diferentes impérios. A chegada de Cristo trouxe uma nova era de transformação espiritual e salvação, cumprindo as promessas feitas ao longo dos séculos.
A instabilidade de Israel, marcada por períodos de exílio, perseguição e, em outros momentos, de prosperidade e tranquilidade, muitas vezes foi consequência do afastamento do povo de Deus. Sempre que Israel fazia o que era mau aos olhos do Senhor, sofria as consequências de suas escolhas.
COMENTÁRIOS